DEIXO COMO ESTÁ
Sou teimosa e impulsiva, não dou o braço a torcer. Não adianta querer me mudar, sou assim. Se eu estou com alguém e por algum motivo as coisas não rolam legais, deixo como está, não tento consertar nada, não perdôo mesmo, e mais, não peço desculpas. Depois, bem, o depois sempre vem acompanhado de solidão e sentimento de culpa, mas …. sou assim, e foi assim que sempre vivi. Se perdi com isso? Claro, mas o que posso fazer se sou teimosa e impulsiva?
Olá galera bonita do Namoro na Boa!
Quem, na verdade, não é teimoso? Difícil achar pessoas que não têm opinião, mesmo que essa opinião esteja completamente errada ou suas interpretações naquele momento ou situação estejam equivocadas, ao menos. Mas é sempre bom possuir um “bom jogo de cintura”, ser maleável quando se mesura as possíveis conseqüências que podem advir de nossas atitudes impulsivas. Será que vale a pena perder um bom relacionamento porque somos incapazes de “parar para refletir” e, mesmo “achando que ele é o culpado” não tomar nenhuma atitude drástica e definitiva?
Uma coisa é ser teimosa e impulsiva, outra é não ter a sensibilidade de perceber que essas características que possui podem ser “melhoradas” por você, ou é melhor continuar “desse jeitinho” e seguir perdendo tudo que conquistou? Sim, porque não é fácil ter e viver um bom relacionamento a dois. As situações difíceis irão surgir, queira ou não queira, e daí por tudo a perder num simples minuto de exaltação. Não seria melhor falar tudo o que se tem vontade, xingar, espernear, sapatear, mas depois ficar acessível a um diálogo?
Se déssemos mais valor ao que possuímos, seja um objeto, seja um relacionamento, não choraríamos depois que os perdemos, ou melhor, choraríamos, mas não sentiríamos aquele sentimento pesado de culpa e remorso. Somos seres falíveis, isso é fato, mas podemos aprimorar nossas atitudes no sentido de não deixar que a teimosia e a impulsividade tomem conta de nossa razão e sensibilidade! Nada melhor que dedicarmos, sempre que pudermos, algum tempo para refletir sobre as situações em que vivemos, os relacionamentos que temos, nossas atitudes, nossos medos e desejos, nossas vidas, o que queremos de fato e o que podemos fazer nesse sentido! Não é tempo perdido, é sabedoria adquirida, é bagagem necessária para a nossa “jornada da vida”!
Cuidem-se bem
Abraços fraternos
texto: Aurélio Martuscelli Neto – relacionamento humano, timidez, fobias sociais, dependência química e psicológica – reprodução total é permitida, quando citados o autor e a fonte: http://namoronaboa.blogspot.com/