ENVOLVER-SE COM ALGUÉM ERRADO

Amores Complicados

Jael Coaracy

Atrair pessoas complicadas não é um privilégio de homens nem de mulheres e pode acontecer desde à adolescência até a idade mais avançada. Quem vive esse padrão de relacionamento acostuma-se a suportar torpedos que minam a autoestima de qualquer um e desafiam a capacidade de tolerar decepções.

“Por mais estranho que pareça, as pessoas que atraímos não são pessoas ‘erradas’, como se costuma pensar, mas as pessoas certas para que possamos trabalhar dentro de nós aspectos da afetividade que não ficaram bem resolvidos”, diz a terapeuta Águida Nozari, psicóloga pós-graduada em psicoterapia breve.

Em vez de se colocar no lugar da vítima que lamenta a falta de sorte e se sente traída pelo destino, para mudar esse quadro e acabar com os amores difíceis, é preciso mudar de atitude. É fundamental abrir-se para um confronto honesto consigo próprio, a fim de compreender as razões que o levam a escolher a dedo os parceiros inadequados.

A autoestima como um leme

Pessoas que não possuem uma boa autoimagem, que não se acham merecedoras de dar e receber amor e felicidade atraem parceiros que confirmarão essa profecia autorrealizadora. Depois de algum tempo de paixão ou de um envolvimento sexual intenso, surgem as decepções.

Abandono, traição, falta de consideração e até mesmo agressões verbais ou físicas podem dar lugar à ilusão do início. O fato é que aquele amor que prometia tanto, acaba revelando-se uma fonte de sofrimento e de desgaste.

Às vezes, o problema tem origem na infância, no relacionamento com um dos pais. A criança não se sente amada, valorizada ou sequer respeitada, passando a acreditar que não tem valor algum. Mais tarde, ao procurar alguém para se relacionar, a pessoa repetirá a situação infantil, atraindo aquele parceiro que irá fazer com que se sinta novamente sem valor, desconsiderada e mal amada.

Se isso acontece com você, atenção! É preciso, antes de tudo, que descubra o seu valor e acredite que é uma pessoa única, merecedora de amor e de consideração.

Fonte:

www.vaidarcerto.com.br/artigo.php?acodigo=372